POEMAS&POEMAS

AMOR SERENO O amor se fez sereno Suavizou o grito... Não mais verso proscrito, Turvado de veneno. A alegria acena Um tempo mais feliz... E dela um aprendiz, Sorriso ganha a cena. Rosáceas e verbenas Florindo ao céu rosado. A sorte joga o dado, Nos livra das hienas. A paz nessa clareira Permite um bom descanso. Na rede um bom balanço... Contigo eu nem me canso. O fim nem quero ver... De agora o meu viver. ANA MARIA GAZZANEO BRAGANÇA PAULISTA  SÃO PAULO MAIO 2018

DESILUSÃO Piada eu não serei Do seu amor bandido Por mim já foi banido  Você perdeu a vez... Foi pura insensatez Quando te dei ouvidos... Agora os meus gemidos Ficaram na viuvez... Melhor nunca tivesse Te dado atenção   Melhor seria um não. Agora arraigado Difícil por um fim. Mas vou pensar em mim... ANA MARIA GAZZANEO BARAGANÇA PAULISTA SÃO PAULO MAIO 2018

  SINCERAMENTE Mais nada eu poderia Dizer do que eu sinto. Já sabes que não minto... E como assim faria? Uma patifaria Seria te enganar Se só a te adorar É como eu passo o dia... Além do que é claro Somente a quantidade Que leva a insanidade... É nada que se conte... O resto nem importa. Amor supera e aborta. ANA MARIA GAZZANEO BRAGANÇA PAULISTA SÃO PAULO MAIO 2018

As curvas dos caminhos ocultam cruzes Mil crises na traição é tradição... Incautos sem qualquer suposição Perdemos dos caminhos nossas luzes. Em círculos, ficando os nossos passos certeza do que foi se desfazendo... Futuro a parecer algum adendo Surpreendem o existir por erros crassos. Erramos por amar além da conta? O amor que nos suborna ao fim desponta Tal vício que condena e trunca a sina... Potência do amor virando enzima... Veneno a envenenar, o que nos resta, E obriga a um retomar cuidado extra. ANA MARIA GAZZANEO BRAGANÇA PAULISTA SÃO PAULO MAIO 2018

O amor que nos abarca em sua teia Nos faz, unos, sem tino à sua corte Irriga a nossa vida além da morte De gozos nos sacia em sua ceia. Mortais, sequer importa em fino trato Repousem nossas faces na esquadria Mudança de perfil em ar pacato Reflete em cada verso em ousadia. Escravos, neste fogo nos lançamos Quem dera consumidos sem censura Não reste um só desejo sem a cura... Depois de ir adiante, a branca alvura Na aura de quem sabe os bens e os danos Saibamos que nos versos os nossos ganhos... Ana Maria Gazzaneo Bragança Paulista Brasil 2019

Da morte em corredor, riso insolente Desmonta a hipocrisia da justiça Que ousa proclamar da ação que atiça A crença em potencial de ordeiro e assente... Quem sabe que intenções movem estes céus? O que se passa em fato em cada mente? Um bocejar tem força de torrente Portanto o que versar, desvelo aos véus... De tudo quanto seja ou possa ser, Ação que existir reza o que houver... Na força, em turbilhão, razão concedes... Amores, ambições, prazeres, sedes, Mil prismas rechearão com mil sentidos... Na força de expressão, reis e bandidos...